quinta-feira, 3 de abril de 2014

QUEM MORRE? Morre lentamente Quem não viaja, Quem não lê, Quem não ouve música, Quem não encontra graça em si mesmo Morre lentamente Quem destrói seu amor próprio, Quem não se deixa ajudar. Morre lentamente Quem se transforma em escravo do hábito Repetindo todos os dias os mesmos trajeto, Quem não muda de marca, Não se arrisca a vestir uma nova cor ou Não conversa com quem não conhece. Morre lentamente Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, Justamente as que resgatam o brilho dos Olhos e os corações aos tropeços. Morre lentamente Quem não vira a mesa quando está infeliz Com o seu trabalho, ou amor, Quem não arrisca o certo pelo incerto Para ir atrás de um sonho, Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, Fugir dos conselhos sensatos... Viva hoje! Arrisque hoje! Faça hoje! Não se deixe morrer lentamente! NÃO SE ESQUEÇA DE SER FELIZ Martha Medeiros

Clique para ver a imagem original em uma nova janela


Hoje,
precisamente quando no relógio
o movimento assinala o meio-dia
na tua saia orlada de sonhos
que são infinitos a explodir nos meus
tão atormentados neurónios,
ó meu amor!
Hoje,
precisamente, quando a lágrima do amor eterno
que de tão terno quase me mata
nesta sinfonia d´emoção
que me rouba às mãos a firmeza
me rouba ao corpo a atracção, à terra !
sem gravidade para onde vão os meus pés?
ó meu mais sublime amor !
que de chorar em cortejos de sorrisos
me sinto tão pequenino , ó infância !
qual erva silvestre acabada de nascer
no seio de estrelas cor de todas as esperanças ...
Hoje, sim, hoje, oh ! minha querida ,
quando a tua saia em pureza desejada branca, noivada !
recebeu a hora, exactamente ao centro da meia-noite,
eu chorei, porque amar é sentir que o teu tecido é costurado
pela beleza grandiosa do universo
e então,
ainda ... hoje ...
sinto que posso morrer na ponta do fio matinal
que transporta tudo o que é visível até aos meus olhos
olhos tão cansados
por milhares d´anos vividos no encanto
de um dia na cruz duma estrada coberta pelos teus passos
todo o meu ser ficar vazado , impregnado
pelo magistral poema do teu respirar ...
ó meu amor,
que fazia tanto tempo que eu não escrevia
algo tão simples e sem explicação
sobre o amor que não sei escrever...
mas, ó vida de minh´alma!
vê, escuta, sente
lá longe como aqui ao perto
a benção do despertar na alvura
dum leito onde a roupa que nos conforta
tem lençóis de poemas cravados
em gravuras cujas carinhosas mãos
que à vida se dedicaram
exaltam o incenso purificador
dos minutos
nos quais um poderoso coral de violinos
soa para que os ouvidos jamais percam
a benção de serem a criação que nos torna bons, melhores
pela audição da arte suprema , ó música !
se eu estou surdo qual Beethoven
de joelhos imploro-te : perdoa-me !
porque sem ouvir-te
sou menos que um grão de areia numa praia sem crianças brincando ...