Renovação
Sinto minh'alma com suave colorid0,
meu coração sutilmente mais florido.
A magia adorna meu espírito,
sinto-me radiante como a primavera.
Minha mente às vezes divaga...
de bons sentimentos sinto-me enflorada.
Pedras do caminho faço degraus;
me levam ao céu, sou Lua, sou fada.
Meu coração é como de menina,
minha melodia é terna e suave.
Meu canto é calmo e não desafina:
notas musicais como o vôo de uma ave.
Sou flor de pétalas com leve perfume,
deixo odor em todas as estações.
Lembranças, quimeras, ausências, saudade,
e diante delas minha mente se impõe.
Sou porto alagado, porto seguro;
curo as feridas, exponho tristezas.
Mesmo no frio, minh'alma se aquece,
no amor busco sombra mesmo no escuro.
Meus cacos no chão são estilhaços
no amor busco sombra mesmo no escuro.
Meus cacos no chão são estilhaços
ao tecer ilusões, promessas e cantos.
Remendo meu chão com pedaços de sonhos,
e dou de presente sorriso em retrato.
Apago a tristeza da rua, do vento,
alento meu rosto da mágoa e do mal.
Algemo a esperança no canto do peito,
penduro as lembranças no sol, no varal.
Meu rumo é a ponte no alto do vôo,
que entôo ao vento curtindo a ilusão.
Cantando, dançando, seguindo meu tom,
me olho no espelho, retoco o batom.
Meu eu tem um som de bravo gemido
em busca de chão a plantar emoções.
Adubo meu solo com nostalgias,
me calo, não choro, me inspiro em trovões.
Deixo gravado no ego e na história
o beijo calado no enlace de mãos...
Com olhos molhados selo os resquícios
da vida, dos sonhos, dos cacos no chão.
Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis,
divide sua alma em duas
para carregar tamanha sensibilidade e força.
Ganha o mundo com sua coragem;
traz paixão no olhar...
Mulher,
que luta pelos seus ideais,
que dá a vida por sua família.
Mulher,
que ama incondicionalmente;
que se arruma, se perfuma,
que vence o cansaço.
Mulher,
que chora e ri.
Mulher que sonha...
Tantas mulheres, belezas únicas, vivas,
cheias de mistérios e encantos.
Mulheres que deveriam ser lembradas,
amadas, admiradas todos os dias...
Para você, Mulher tão especial...
Feliz Dia Internacional da Mulher!
processar o futuro, mesmo que o passado
Brasil e Portugal mantêm o costume de homenagear com festas os santos com aniversário em junho. As comemorações são ainda mais populares no Nordeste brasileiro.
Muita 'comilança': milho verde assado e cozido, paçoca, pamonha, bolos de fubá e de milho, amendoim, pinhão, curau (doce de milho), pipoca, o delicioso vinho quente e o quentão. Hum... tão bom!... O som da sanfona convida todos a dançar; são músicas e ritmos chamados 'caipiras', em homenagem e respeito ao povo trabalhador da roça.
A alegria fica solta... Risos, danças, criançada correndo, quitutes deixam o aroma delicioso e prazeroso seguindo o vento. O céu colabora para o espetáculo com o brilho dos fogos, completando a festa.
Ao escrevermos com a ortografia errada, não o fazemos como crítica; ao contrário, é uma homenagem respeitosa a essa gente que merece a nossa reverência. Cuidam da natureza com amor e tiram proveito dela, e nós pegamos de carona os benefícios que provêm desse trabalho tão digno.
Se você nunca participou de uma festa junina, comece a pensar e até a fazer a sua. Pense nisso. É um mês de alegria...
É festa caipira... Vai tê... Meu ranchinho é bem piquititinho, mas vai dá pa acunchegá. Vai tê muinta gente, cantoria, dança e viola; tamém muinto arrastapé... Queru vê gente chegano, genti cantano, pa todu mundu si oiá. Meu ranchu num tem janela, cas paredi tudo torta, ma num é isso qui vai trapaiá. Tem um fugão na cuzinha, vamu fazê pipoca, i sempri u quentaum isquentá. Miá sogra vai sê uma tristura, puis gosta di fuxicá. Ela custuma rogá praga ni quim garra nu dançá. A genti isqueci a véia e vai pru terrero si alegrá. Vai tê paçoca da boa e minduim pa ' isquentá'. Na fuguêra, vamu assá u mio qui é pru gais num cabá. Dispois da cantoria, vamu dançá a quadria e vamo namorá, bejá, cantá... i si a sogra véia num tivé pertu, nóis podi até si abraçá. Ieu tô falano tudu issu, pruque si porpaganda num façu, num vai tê arrastapé... Vô ficá nu meu cantinho, co meu véio, tadinho... tá bem acabadu, increncado... Tem dor nu corpu, u coitadu... u pé tá sempri inchadu, purisso, só fica sentadu. Dasveis inté si alevanta, pra módi minxergá mió.
Lídia Valéria
É festa caipira... Vai tê... Meu ranchinho é bem piquititinho, mas vai dá pa acunchegá. Vai tê muinta gente, cantoria, dança e viola; tamém muinto arrastapé... Queru vê gente chegano, genti cantano, pa todu mundu si oiá. Meu ranchu num tem janela, cas paredi tudo torta, ma num é isso qui vai trapaiá. Tem um fugão na cuzinha, vamu fazê pipoca, i sempri u quentaum isquentá. Miá sogra vai sê uma tristura, puis gosta di fuxicá. Ela custuma rogá praga ni quim garra nu dançá. A genti isqueci a véia e vai pru terrero si alegrá. Vai tê paçoca da boa e minduim pa ' isquentá'. Na fuguêra, vamu assá u mio qui é pru gais num cabá. Dispois da cantoria, vamu dançá a quadria e vamo namorá, bejá, cantá... i si a sogra véia num tivé pertu, nóis podi até si abraçá. Ieu tô falano tudu issu, pruque si porpaganda num façu, num vai tê arrastapé... Vô ficá nu meu cantinho, co meu véio, tadinho... tá bem acabadu, increncado... Tem dor nu corpu, u coitadu... u pé tá sempri inchadu, purisso, só fica sentadu. Dasveis inté si alevanta, pra módi minxerg
O destino une e separa as pessoas, mas nenhuma força é tão grande para fazer esquecer pessoas que por algum motivo um dia nos fizeram felizes. A música tem efeito embriagador em nossos sentidos... Permite a sintonia com sentimentos verdadeiros. Ligamos nossos sonhos à realidade através de uma melodia, um ritmo, uma simples canção que ficou perdida na infância.
Por que não dizer que Deus fez da música sua obra-prima?
Imaginar o mundo sem melodia seria como uma pausa eterna, sem compassos, uma redoma, sem ter junto ao peito uma fonte de poemas, um vazio... pura aventura, uma simples 'metade' sem piedade...
As flores e as follhagens com falso cativo, árvores sombrias, não esconderiam segredos ardentes, o mundo seria preguiçoso e nós, corações ausentes.
O céu, o mar, o arco-íris, a primavera não seriam o grande espetáculo da Terra.
Mas com as 'metades' completas, contemplamos a luz da admirável justiça: o presente que Deus deu ao mundo, fundindo no espaço alento e som, para, com amor, de pálbebras molhadas, sonhar ao som de uma melodia.
Ah, essa música, sinopse de minh'alma
traz-me candura, alma pura,
uma dor que às vezes me acalma...
Latente em meu labirinto...
um gemido alucinado, quase um grito...
perco a lucidez, não minto...
Faz-me sentir bem perto de você.
Um alento... lembro-me que firmemente juramos nossa fidelidade
sem pensar que ficaria na saudade...
Olhos sem visão, coração sem missão...
Tudo em vão...
Nossos sonhos, conquistas, agora num porão...
sem razão.
Meu coração que fez de você amor matriz,
no meu coração criou raiz,
agora ao alento de uma melodia...
quem diria...
Ah, essa música me faz também dançar...
Esse ritmo me sufoca, tira-me o ar...
Só me resta com você sonhar
ao som desta linda melodia.
Lembrar seus lábios roçando meus ouvidos,
palavras de amor, promessas...
Encantamento predador de sonhos,
hoje esquecidos, fenecidos.
Nossa melodia
traz ao meu rosto ar tristonho,
e pensando em você eu suponho
que ouvi-la em sua companhia mais uma vez,
dançando em direção a meus sonhos,
é a minha fantasia...
som divino e eterno que me extasia...
Lídia Valéria
As pessoas dedicam espaços em suas vidas se esforçando para uma mudança, uma nova vida.
Dizem: "Eu vou mudar minha vida". Quando surge uma dúvida, descartam essa possibilidade. É preciso saber esperar. Impacientar-se leva ao desânino, a desistir. Não falo de uma ilusão; falo de
mudança de compreensão mais profunda.Temos o poder de pensar e criar intencionalmente nossa vida inteira com nossa força primordial que é a nossa mente. Nossa vida é espelho de nossos pensamentos dominantes, uma manifestação física de nossos pensamentos. Só precisamos abrir os olhos e ver, usar o livre-arbítrio na escolha.
Criar sua vida, e ainda com acréscimos! Descobrir que você não é insignificante e tem imaginação, grande combustível para o sucesso, libertando-se de seus padrões, principalmente hereditários.
Esclarecer sua potencialidade para si e para o mundo...
Veja um pouco de meus pensamentos no texto abaixo que reflete minha tentativa de mudança.
Esclarecida
Estou aqui
Estou aqui... acerca-te mais...
Estou aqui...
Vem comigo... no amor flutuar,
ao compasso do meu coração.
Flutuando... fluindo os sentimentos...
Eu, vulcão, à tua emoção...
Depois...
deixa-me se for capaz.
Lídia Valéria
O ser humano está passando por profundas transformações
e até assusta pelo conceito de amor, de beleza.
Busca, de acordo com a modernidade, a mudança de suas características
até mesmo de forma exagerada para sentir-se mais jovem, e, por que não, mais bonito.
Reinventar um rosto, um corpo a seu gosto e adaptar-se ao que fabricou.
Busca energia para acreditar que será para sempre.
Cada rosto é único! A beleza está dentro dele mesmo!
Coloque-se diante do espelho e pense que o ser que reflete
é obra de Deus.Torne-se menos crítico e agradeça, só agradeça.
Deus, a Beleza e Eu
Deus assim me fez... Olho no espelho e me encanto...
Sou uma flor e pertenço à classe das mais belas...
Sou perfeita, pareço mais uma pintura na tela,
e minh'alma se refestela ao vislumbrar.
Afasto-me dos males com cautela,
admirando-me assim como Deus me fez...
Uma obra de arte:
Perfeita, saudável e que de alegria
sempre Deus me farte!
Reconheço essa beleza com perfeição,
vou até as profundezas do meu bem querer,
com Deus segurando as minhas mãos...
Fez-me aceitando como sou, e feliz faço parte
das belezas do mundo, onde nem por um segundo
deixo de agradecer a minha formação.
Com tamanha perfeição, sendo também tão feliz,
agradeço a Deus minha vida, onde tudo tem beleza...
De mim quase não faz parte a tristeza, e com nobreza
sempre O enalteço por Ele achar que mereço.
Digo-Lhe sempre "obrigada" por ser tão abençoada
entre as belezas do mundo...
Dou a Ele como penhor
meu coração agradecido, meu afeto, meu respeito,
minha fé, meu amor.
Obrigada pela beleza do mundo...
E por eu fazer parte dela, Senhor!
Lídia Valéria
Um poema que não fala só de mim, mas do ser humano em geral que ama, amou,
perdeu-se nas ilusões, sonhou, mergulhou nos bons momentos pensando serem eternos...
Pensou ter a passagem de sentimentos livres para a eternidade...
Mas o que sabemos do futuro?
Fica a imagem do passado que é fugaz, tênue...
e o futuro vem, em fatias, mas chega...
É saber esperar com sabedoria e deixar acontecer.
Despedida do passado... um pouco mais de mim
Foi naturalmente difícil... fremente.
Lídia Valéria
A mente profunda é a mente que se regozija em ser conduzida pelo poder que purifica,
um poder que protege e acalma a própria mente, acalentando e afastando
o veneno que desintegra e rompe as agradáveis relações humanas.
Há espinhos que irritam e ferem — por que não dizer, uma espada que mata.
Com olhos molhados selo os resquícios
da vida, dos sonhos, dos cacos no chão.
Lídia Valéria
Folhas Secas
Mesmo caindo, as folhas mostram
o meu resfôlego...
para dizer que te amo ainda.
Sutilmente, nas folhas secas, o meu amor existe.
As folhas caem e suavizam meus sonhos.
São como cristais que rolam quentes de meus olhos
por sentirem a falta sua
ao lembrar de seu sorriso, seu perfume...
Durante a vida, não usarei a força
para destruir as folhas secas
que foram colocadas no meu caminho.
Usarei a minha alma para colocá-las
à margem da estrada,
onde jamais me incomodarão.
Meu coração pulsa feliz.
Debruço-me sobre as folhas
jogadas ao vento pela natureza
e torna-se mágico este lugar.
Me embalo na paixão de viver.
São folhas cheias de mistérios...
reminiscências, utopias, magia e devaneios...
para dizer que te amo ainda.
Sutilmente, nas folhas secas, o meu amor existe.
As folhas caem e suavizam meus sonhos.
São como cristais que rolam quentes de meus olhos
por sentirem a falta sua
ao lembrar de seu sorriso, seu perfume...
Durante a vida, não usarei a força
para destruir as folhas secas
que foram colocadas no meu caminho.
Usarei a minha alma para colocá-las
à margem da estrada,
onde jamais me incomodarão.
Meu coração pulsa feliz.
Debruço-me sobre as folhas
jogadas ao vento pela natureza
e torna-se mágico este lugar.
Me embalo na paixão de viver.
São folhas cheias de mistérios...
reminiscências, utopias, magia e devaneios...
Ao final do dia, o brilho do arco-íris
me arrebatará dessa paixão.
me arrebatará dessa paixão.
Ao anoitecer, anjos em sentinela
me guardarão descendo do céu,
cobrindo-me de estrelas.
Em meio a essa magia, embriagada por enlevos,
derramarei meus últimos cristais.
Abortada desse amor, não terei mais ais...
me guardarão descendo do céu,
cobrindo-me de estrelas.
Em meio a essa magia, embriagada por enlevos,
derramarei meus últimos cristais.
Abortada desse amor, não terei mais ais...
Perder-me por amor – não mais.
Lídia Valéria
Fácil percorrer a estrada do ideal
entre as flores do próprio reconhecimento,
questionando as dúvidas guardadas.
A luz da razão nos orienta que somos como o Sol
e a Água vertente atrás de nossa consciência.
Lídia Valéria
Mulher...
Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis,
divide sua alma em duas
para carregar tamanha sensibilidade e força.
Ganha o mundo com sua coragem;
traz paixão no olhar...
Mulher,
que luta pelos seus ideais,
que dá a vida por sua família.
Mulher,
que ama incondicionalmente;
que se arruma, se perfuma,
que vence o cansaço.
Mulher,
que chora e ri.
Mulher que sonha...
Tantas mulheres, belezas únicas, vivas,
cheias de mistérios e encantos.
Mulheres que deveriam ser lembradas,
amadas, admiradas todos os dias...
Para você, Mulher tão especial...
Feliz Dia Internacional da Mulher!
(Autor desconhecido)
Obrigada, amiga leitora, Albani.
Lídia Valéria
Uma palavra amiga me afaga, me acalenta ...
Um poema me leva às alturas e faz reflorescer
meu coração, minh'alma, meu espírito.
Lídia Valéria
Preciso...
Tentar, mesmo com os olhos rasos d'água,
que rola quente em minha face,processar o futuro, mesmo que o passado
testemunhe motivos para mágoas.Não evidenciar meus erros de ontem com desapreço,
mas valorizar meus esforços de hoje.
Ver chances de crescer, e não obstáculos,
vendo a vida como término de viagem.
Fugir de mim a angústia, a incerteza, o medo, decepções,
deslumbramentos; redescobrir-me sem apego.
Descobrir-me diante do espelho com serenidade
de onde me envolverei em todas as possibilidades
de sossego, sonhos, de renovação, aconchego.
Não furtar-me de mim, nem olhar para o nada...
Não envolver-me na emoção de que a vida
será sempre doce, uma eterna alvorada.
Desdenhar a tristeza e a crença na lealdade,
acreditando na fidelidade apenas dos animais,
amigos leais, carinhosos e superiores, e ter o
coração não adormecido às maldades a eles, sem leis.
Saber que a sabedoria é filha do tempo...
e, com sinceridade, insistir na juventude.
Sentir-me bem da vantagem de mais que os jovens,
ter idade para dizer — ah, se soubessem o que sei...
Calar-me diante da mediocridade e da promiscuidade,
sabendo que ficarei sozinha, sem respaldo, sem prumo.
Aceitar que colhemos também o que não plantamos,
mas nem por isso deixar de estender minhas mãos.
Ver além das aparências — a essência invisível aos olhos.
Crer que as águas das fontes não sentem saudade do mar...
Apreciar o cheiro da chuva, que lava o tempo perdido,
marcas de sonhos à deriva e cicatrizes triviais.
De serenidade, em acordo com minha ansiedade,
amar-me profundamente, orgulhar-me de mim,
não querendo saber o quanto irão amar-me.
Tranquilidade estampada em meu rosto,
para que ninguém duvide que mereço respeito,
que a própria vida diga que estou longe do oposto.
Não ser a mais forte; sentir saudade da infância,
e acreditar que as nuvens se encontram para conversar...
Ser inteligente para sobreviver e me adaptar às mudanças.
Ver que as pequenas coisas, que parecem não ser nada,
obsoletas... sutilmente trazem paz.
Sorrir sempre e dizer o primeiro olá!...
No desconforto da dor, saber que estou viva e agradecer.
Entender o porquê do prateado em meus cabelos pelo tempo,
linhas em meu rosto mostrando experiências vividas;
linhas como mapas; pontos mostrando tesouros só meus.
Entender os sonhos alheios sem nada cobiçar,
não trair confidências e nunca segredos contar.
Abraçar-me com gosto, me respeitar, beijar minh'alma,
refletida, reflorescida e estampada em meu rosto,
para que minha história nunca tenha um ponto final.
Conservar meus invisíveis neurônios, meu cérebro,
minha mente, tesouro que posso e devo aumentar.
Preciso... até mesmo borboletear,
divagando como as borboletas... devaneando...
acreditando que além do horizonte tudo é mais bonito,
por isso minha direção será sempre rumo ao arco-íris...
Voar...
Sem medo de perder as asas.
Preciso.
Lídia Valéria
mas valorizar meus esforços de hoje.
Ver chances de crescer, e não obstáculos,
vendo a vida como término de viagem.
Fugir de mim a angústia, a incerteza, o medo, decepções,
deslumbramentos; redescobrir-me sem apego.
Descobrir-me diante do espelho com serenidade
de onde me envolverei em todas as possibilidades
de sossego, sonhos, de renovação, aconchego.
Não furtar-me de mim, nem olhar para o nada...
Não envolver-me na emoção de que a vida
será sempre doce, uma eterna alvorada.
Desdenhar a tristeza e a crença na lealdade,
acreditando na fidelidade apenas dos animais,
amigos leais, carinhosos e superiores, e ter o
coração não adormecido às maldades a eles, sem leis.
Saber que a sabedoria é filha do tempo...
e, com sinceridade, insistir na juventude.
Sentir-me bem da vantagem de mais que os jovens,
ter idade para dizer — ah, se soubessem o que sei...
Calar-me diante da mediocridade e da promiscuidade,
sabendo que ficarei sozinha, sem respaldo, sem prumo.
Aceitar que colhemos também o que não plantamos,
mas nem por isso deixar de estender minhas mãos.
Ver além das aparências — a essência invisível aos olhos.
Crer que as águas das fontes não sentem saudade do mar...
Apreciar o cheiro da chuva, que lava o tempo perdido,
marcas de sonhos à deriva e cicatrizes triviais.
De serenidade, em acordo com minha ansiedade,
amar-me profundamente, orgulhar-me de mim,
não querendo saber o quanto irão amar-me.
Tranquilidade estampada em meu rosto,
para que ninguém duvide que mereço respeito,
que a própria vida diga que estou longe do oposto.
Não ser a mais forte; sentir saudade da infância,
e acreditar que as nuvens se encontram para conversar...
Ser inteligente para sobreviver e me adaptar às mudanças.
Ver que as pequenas coisas, que parecem não ser nada,
obsoletas... sutilmente trazem paz.
Sorrir sempre e dizer o primeiro olá!...
No desconforto da dor, saber que estou viva e agradecer.
Entender o porquê do prateado em meus cabelos pelo tempo,
linhas em meu rosto mostrando experiências vividas;
linhas como mapas; pontos mostrando tesouros só meus.
Entender os sonhos alheios sem nada cobiçar,
não trair confidências e nunca segredos contar.
Abraçar-me com gosto, me respeitar, beijar minh'alma,
refletida, reflorescida e estampada em meu rosto,
para que minha história nunca tenha um ponto final.
Conservar meus invisíveis neurônios, meu cérebro,
minha mente, tesouro que posso e devo aumentar.
Preciso... até mesmo borboletear,
divagando como as borboletas... devaneando...
acreditando que além do horizonte tudo é mais bonito,
por isso minha direção será sempre rumo ao arco-íris...
Voar...
Sem medo de perder as asas.
Preciso.
Lídia Valéria
Seja qual for o drama que nos assola o coração, devemos
almejar o entendimento dos erros e a disposição para acertar.
É preciso tentar renovação para abrandar nosso coração.
Todo dia que amanhece é oportunidade de recomeço,
de refazer valores, de retomar caminhos.
Lídia Valéria
Tributo a meu Namorado... do Passado...
A lembrança traz ao presente
meu namorado.
Tão longe... no passado.
Meu universo de amor!
Essa lembrança me ajudou a viver.
Restos de sonhos, de fantasia
que outrora eu vivia...
Desse amor meu coração se nutria
para feliz eu viver.
Com ele aprendi a amar, e, sem pensar,
com o feitiço do luar... a me encantar.
O enlevo com seus beijos,
satisfazendo meus desejos,
com gosto de "quero mais"...
Flores para mim colhia, sorria...
A alegria com ele era infinda e
eu de amor borbulhava...
Sonhava esse amor sempre ter.
Hoje, apenas recordações...
Não resistiu aos dissabores.
Ficou no passado.
Resta-me como herança
na minha lembrança.
Relembrando esse namorado,
emoção do coração minh'alma arranca.
Doce alento... encantamento...
Pena não ter amado mais...
Apagar essa lembrança?
Jamais.
Jamais.
Lídia Valéria
De alguma maneira,
a lembrança do namorado do passado fica;
porque o passado nunca se aposenta.
Lídia Valé
Brasil e Portugal mantêm o costume de homenagear com festas os santos com aniversário em junho. As comemorações são ainda mais populares no Nordeste brasileiro.
Muita 'comilança': milho verde assado e cozido, paçoca, pamonha, bolos de fubá e de milho, amendoim, pinhão, curau (doce de milho), pipoca, o delicioso vinho quente e o quentão. Hum... tão bom!... O som da sanfona convida todos a dançar; são músicas e ritmos chamados 'caipiras', em homenagem e respeito ao povo trabalhador da roça.
A alegria fica solta... Risos, danças, criançada correndo, quitutes deixam o aroma delicioso e prazeroso seguindo o vento. O céu colabora para o espetáculo com o brilho dos fogos, completando a festa.
Ao escrevermos com a ortografia errada, não o fazemos como crítica; ao contrário, é uma homenagem respeitosa a essa gente que merece a nossa reverência. Cuidam da natureza com amor e tiram proveito dela, e nós pegamos de carona os benefícios que provêm desse trabalho tão digno.
Se você nunca participou de uma festa junina, comece a pensar e até a fazer a sua. Pense nisso. É um mês de alegria...
Está no ar... Sorria!
Ieu só façu memu porpaganda pruque gosto di
festa di Saum Juão, causdiquê si mexu u méu pé,
u meu véio fica arrepiadu, cum ciúmi, coitadu!
Si ficá nervosu, cumeça a xingá,
fica atentadu i joga tudo pru chão.
Dispois ninguém sigura... i o baile pódi acabá.
Vai sê uma noiti linda, tudu mundo filiz
si diliciano co quentaum...
Vai sê taum baum!
Ieu gostu di romaria, di festança, di fuguêra;
e até dispois, pá pagá us pecadu, fazê uma porcissão...
Saum Juão fica contenti, pruque sabi qui a genti gosta
das noiti di Saum Juão... Ô trem baum!...
Dispois qui u baile acabá, nóis ajueia nu artá,
nóis fála cum sentimentu profundu:
Mio Deus, nóis tem muinta fé
di qui nunca mai vai cabá essa aligria
qui faiz bem pra todu mundu.
Viva a noiti di Saum Juão, a fuguêra,
u arrastapé, u quentaum...
i a nossa uniaum!
Taum baum!
Sô a muié mai filiz du mundu,
co meu coraçaum bateno profundu.
I num é pra cê anssim, ara!
festa di Saum Juão, causdiquê si mexu u méu pé,
u meu véio fica arrepiadu, cum ciúmi, coitadu!
Si ficá nervosu, cumeça a xingá,
fica atentadu i joga tudo pru chão.
Dispois ninguém sigura... i o baile pódi acabá.
Vai sê uma noiti linda, tudu mundo filiz
si diliciano co quentaum...
Vai sê taum baum!
Ieu gostu di romaria, di festança, di fuguêra;
e até dispois, pá pagá us pecadu, fazê uma porcissão...
Saum Juão fica contenti, pruque sabi qui a genti gosta
das noiti di Saum Juão... Ô trem baum!...
Dispois qui u baile acabá, nóis ajueia nu artá,
nóis fála cum sentimentu profundu:
Mio Deus, nóis tem muinta fé
di qui nunca mai vai cabá essa aligria
qui faiz bem pra todu mundu.
Viva a noiti di Saum Juão, a fuguêra,
u arrastapé, u quentaum...
i a nossa uniaum!
Taum baum!
Sô a muié mai filiz du mundu,
co meu coraçaum bateno profundu.
I num é pra cê anssim, ara!
Parece até que sinto o cheirinho
da pipoca e o som da sanfona.
Está no ar... Sorria!
ALENTO E MELODIA
O destino une e separa as pessoas, mas nenhuma força é tão grande para fazer esquecer pessoas que por algum motivo um dia nos fizeram felizes. A música tem efeito embriagador em nossos sentidos... Permite a sintonia com sentimentos verdadeiros. Ligamos nossos sonhos à realidade através de uma melodia, um ritmo, uma simples canção que ficou perdida na infância.
Por que não dizer que Deus fez da música sua obra-prima?
Imaginar o mundo sem melodia seria como uma pausa eterna, sem compassos, uma redoma, sem ter junto ao peito uma fonte de poemas, um vazio... pura aventura, uma simples 'metade' sem piedade...
As flores e as follhagens com falso cativo, árvores sombrias, não esconderiam segredos ardentes, o mundo seria preguiçoso e nós, corações ausentes.
O céu, o mar, o arco-íris, a primavera não seriam o grande espetáculo da Terra.
Mas com as 'metades' completas, contemplamos a luz da admirável justiça: o presente que Deus deu ao mundo, fundindo no espaço alento e som, para, com amor, de pálbebras molhadas, sonhar ao som de uma melodia.
Ah, essa música, sinopse de minh'alma
traz-me candura, alma pura,
uma dor que às vezes me acalma...
Latente em meu labirinto...
um gemido alucinado, quase um grito...
perco a lucidez, não minto...
Faz-me sentir bem perto de você.
Um alento... lembro-me que firmemente juramos nossa fidelidade
sem pensar que ficaria na saudade...
Olhos sem visão, coração sem missão...
Tudo em vão...
Nossos sonhos, conquistas, agora num porão...
sem razão.
Meu coração que fez de você amor matriz,
no meu coração criou raiz,
agora ao alento de uma melodia...
quem diria...
Ah, essa música me faz também dançar...
Esse ritmo me sufoca, tira-me o ar...
Só me resta com você sonhar
ao som desta linda melodia.
Lembrar seus lábios roçando meus ouvidos,
palavras de amor, promessas...
Encantamento predador de sonhos,
hoje esquecidos, fenecidos.
Nossa melodia
traz ao meu rosto ar tristonho,
e pensando em você eu suponho
que ouvi-la em sua companhia mais uma vez,
dançando em direção a meus sonhos,
é a minha fantasia...
som divino e eterno que me extasia...
Lídia Valéria
Ao som de uma melodia, dance, dance...
até perder a fala...
É força que vem de Deus e nos embala.
Lídia Valéria
até perder a fala...
É força que vem de Deus e nos embala.
Lídia Valéria
ESCLARECIDA
As pessoas dedicam espaços em suas vidas se esforçando para uma mudança, uma nova vida.
Dizem: "Eu vou mudar minha vida". Quando surge uma dúvida, descartam essa possibilidade. É preciso saber esperar. Impacientar-se leva ao desânino, a desistir. Não falo de uma ilusão; falo de
mudança de compreensão mais profunda.Temos o poder de pensar e criar intencionalmente nossa vida inteira com nossa força primordial que é a nossa mente. Nossa vida é espelho de nossos pensamentos dominantes, uma manifestação física de nossos pensamentos. Só precisamos abrir os olhos e ver, usar o livre-arbítrio na escolha.
Criar sua vida, e ainda com acréscimos! Descobrir que você não é insignificante e tem imaginação, grande combustível para o sucesso, libertando-se de seus padrões, principalmente hereditários.
Esclarecer sua potencialidade para si e para o mundo...
Veja um pouco de meus pensamentos no texto abaixo que reflete minha tentativa de mudança.
Sentir-me esclarecida... De bem com a vida.
Dos momentos sofridos, procurar renovação.
Esclarecida para reconhecer os erros
que fiz na vida em meio a desmazelos espirituais...
Policiar minhas limitações, lutar por fazer mais ações para mim,
para com o mundo, sentir-me melhor.
Esclarecida para deixar correr as lágrimas e seguir adiante...
mesmo que a dor me alcance.
Soltar as algemas para superar muralhas...
Esclarecida para sentir que a força divina me ensinará
que a vida é o maior espetáculo da nossa existência,
à minha espera para oferecer luz na minha estrada.
Soprarei o vento quente que ferve minhas mágoas...
e me sentirei leve, renascida, em paz.
Auxiliarei alguém, acalentarei quem precisar de amor.
A um estranho, oferecerei auxílio...
por isso devo estar esclarecida.
Vou usar a força interna que habita em
meu coração, e acender, por amor,
a luz de quem apagou sua luz.
Com isso, acendo ainda mais o meu espírito.
Esclarecida para sentir que o arco-íris
me reservará um espaço pelo meu esforço.
Transformarei meus caminhos sob
risco de trevas em caminhos onde,
estando esclarecida, haverá só luz.
Esclarecida para não chorar,
não reclamar e, assim, não retroceder.
Esclarecida para que no mundo eu não me desespere,
com medo de que a felicidade se perca.
Esclarecida para sentir que Deus está sempre ao meu lado
para que eu não me estagne, conservando o meu bem mais
precioso: a minha mente.
Viver para ser feliz dentro dos meus limites.
Senhor, faça-me esclarecida!
Quero ser!
Lídia Valéria
Só os tolos não mudam de idéias.
E você?
E você?
AMIZADE
Amigos, foi a titulação mais expressiva
que Jesus destacou para definir os companheiros.
" Isso naturalmente ocorreu, porque nenhum
de nós consegue algo realizar sem amigos que
nos comunguem os pensamentos e nos
auxiliem a concretizar os próprios anseios.
Já que não podes comprar doses de coragem,
ou comprimidos de paciência, nem adquirir
frascos de esperança ou injeções de fé
nas instituições do mundo, eis que te oferecemos
ao coração as páginas de amizade aos mais
belos conhecimentos da vida em frases
despretensiosas e simples, com os nossos votos
ao Senhor para que sejamos todos
- nós - os espíritos encarnados e desencarnados
ainda vinculados à Terra
- sempre mais amigos uns dos outros para que
, todos juntos, possamos prosseguir na
construção do caminho de união e paz, solidariedade
e amor que nos religará, de todo, ao Pai Celestial.
Meimei /Chico Xavier De “Amizade”
Estou aqui
Estou aqui... acerca-te mais...
Eu, ansiosa por te amar.
Abraça-me forte...
e com tuas mãos deleitosas
faça-me carinhos,
transformando teu corpo em ninho
onde, aconchegada,
disseminarei meus ais...
Vem comigo... no amor flutuar,
ao compasso do meu coração.
Flutuando... fluindo os sentimentos...
Eu, vulcão, à tua emoção...
Depois...
deixa-me se for capaz.
Lídia Valéria
Bom ouvir e dizer "eu te amo".
DEUS, a BELEZA e EU
O ser humano está passando por profundas transformações
e até assusta pelo conceito de amor, de beleza.
Busca, de acordo com a modernidade, a mudança de suas características
até mesmo de forma exagerada para sentir-se mais jovem, e, por que não, mais bonito.
Reinventar um rosto, um corpo a seu gosto e adaptar-se ao que fabricou.
Busca energia para acreditar que será para sempre.
Cada rosto é único! A beleza está dentro dele mesmo!
Coloque-se diante do espelho e pense que o ser que reflete
é obra de Deus.Torne-se menos crítico e agradeça, só agradeça.
Deus, a Beleza e Eu
Deus assim me fez... Olho no espelho e me encanto...
Sou uma flor e pertenço à classe das mais belas...
Sou perfeita, pareço mais uma pintura na tela,
e minh'alma se refestela ao vislumbrar.
Afasto-me dos males com cautela,
admirando-me assim como Deus me fez...
Uma obra de arte:
Perfeita, saudável e que de alegria
sempre Deus me farte!
Reconheço essa beleza com perfeição,
vou até as profundezas do meu bem querer,
com Deus segurando as minhas mãos...
Fez-me aceitando como sou, e feliz faço parte
das belezas do mundo, onde nem por um segundo
deixo de agradecer a minha formação.
Com tamanha perfeição, sendo também tão feliz,
agradeço a Deus minha vida, onde tudo tem beleza...
De mim quase não faz parte a tristeza, e com nobreza
sempre O enalteço por Ele achar que mereço.
Digo-Lhe sempre "obrigada" por ser tão abençoada
entre as belezas do mundo...
Dou a Ele como penhor
meu coração agradecido, meu afeto, meu respeito,
minha fé, meu amor.
Obrigada pela beleza do mundo...
E por eu fazer parte dela, Senhor!
Lídia Valéria
Não manipule seu físico.
Não valorize só o avanço tecnológico,
a modernidade.
Você é único!
Lídia Valéria
Não valorize só o avanço tecnológico,
a modernidade.
Você é único!
Lídia Valéria
Despedida do Passado... um pouco mais de mim.
Um poema que não fala só de mim, mas do ser humano em geral que ama, amou,
perdeu-se nas ilusões, sonhou, mergulhou nos bons momentos pensando serem eternos...
Pensou ter a passagem de sentimentos livres para a eternidade...
Mas o que sabemos do futuro?
Fica a imagem do passado que é fugaz, tênue...
e o futuro vem, em fatias, mas chega...
É saber esperar com sabedoria e deixar acontecer.
Despedida do passado... um pouco mais de mim
Foi naturalmente difícil... fremente.
A presença, vozes, cheiro, resquícios de perfume
perdidos no espaço, sutilmente cortando laços...
A presença de todos, tragados pela distância,
perdidos pela saudade, ocultados na escuridão da noite.
Mesmo com a imensidão do Sol,
definham-se as lembranças num silêncio profano,
onde voltar a meta seria pérfido engano.
Para que sofrimento, se percebo
convicta que na realidade
minha saudade não tem validade.
Meu jeito de amar é assim.
Lágrimas não rolam mais,
deixo o sofrimento jogado ao vento...
Abortei-me das ilusões,
não valem o meu sofrimento.
Uma luz fugaz e brilhante
fica no lugar, procuro não olhar para trás,
e o tempo vai devolvendo
tudo o que tirou minha paz.
Marcas do passado se farão presentes.
Tantas vezes eu busquei sintonia,
mas foi utopia, doce ilusão...
tudo fantasia, nunca encontrei.
Como um pássaro errante
procurei meu ninho, mas
somente galhos soltos encontrei.
Abortei-me das ilusões.
Saio desse infortúnio... sem confrontos.
Sei onde está o meu caminho:
despedir-me do passado,
deixando-o simplesmente passar.
Passaram-se séculos em minha mente...
mas no recôndito do meu ser há algo latente.
Sou eu perseverante, ou demente?
Lídia Valéria
A saudade, assim como a esperança de um futuro desejado,
é, para mim, um alimento espiritual.
Lídia Valéria
é, para mim, um alimento espiritual.
Lídia Valéria
Ausência
A mente profunda é a mente que se regozija em ser conduzida pelo poder que purifica,
um poder que protege e acalma a própria mente, acalentando e afastando
o veneno que desintegra e rompe as agradáveis relações humanas.
Há espinhos que irritam e ferem — por que não dizer, uma espada que mata.
Basta amar e ter amigos que um dia a ausência é sentida. É forte, tão marcante que vejo nela presença de encanto e saudade.
Sentir a ausência de alguém já é sofrer frustração, o que mesmo assim faz da vida uma poesia. Somos aprendizes de como tratar a ausência, profundo sentimento de dor... Resta-nos fazer disso não um problema, mas um aprendizado. Estamos preparados para receber felicidade, mas saber lidar com as dificuldades é conseguir a prática da sabedoria.
Para entendermos a ausência e os demais obstáculos com consciência, devemos aceitar a felicidade e a tristeza como uma unidade. Não existe amor insubstituível; a ausência é a oportunidade de renovação.
Pensemos no tempo que perdemos por não termos tempo para pensar. Tendemos a achar que a realidade é mais difícil do que realmente é. Na verdade, as soluções não são inatingíveis e tudo pode estar ao nosso alcance, de repente.
Precisamos dar um passo à frente da solidão da ausência de alguém ou de algo que nos persegue. Um passo à frente do drama que criamos diante da ausência — ela poda nossos objetivos... Um passo à frente de nós mesmos, e sentir que, além da ausência, há uma realidade além da sua. O mundo é vasto demais para nos afogarmos nas lágrimas provocadas por uma ausência. Nos limitamos em nós mesmos, fechando as perspectivas do novo.
Um passo à frente, caminhar, seguir... A vida oferece os caminhos. Criar esperanças que nortearão nossos passos. Grande parte deles poderá ser concretizada; a outra parte, algemada pela ausência, é só ilusão, pois devemos deixar o passado passar.
Falando de mim — cristais estilhaçados às vezes rolam em minha face com a ausência, não só de quem partiu em viagem sem volta, mas também a de amigos, adolescência, mocidade, trabalho, ocasiões festivas... e, acima de tudo, aconchego familiar.
Gosto de sentir o cheiro do que permanece, do que ficou real, porque, afinal, a vida não tem limites, a vida permanece... O tempo passa, mas não envelhece... Difícil, mas uso da coragem diante da vida, procurando viver sem ter medo de mim mesma.
Saber ser feliz... saber que sempre a ausência, de alguma forma, fará parte de nós... Saber esperar a cada dia uma possível mudança...
Lídia Valéria Peres
Um pouco mais de mim...
Acredito que para nós é difícil descobrir e recuperar a nossa natureza latente;
difícil manter a mente pura nesse constante surgir e desaparecer do desejo de ser livre...
sem cobiça, inveja, mágoa, ódio, paixões, possibilitando-nos superar essas dificuldades para concretizarmos nosso desejo de liberdade, sempre respeitando 'limites'.
Mar...
Arco-íris...
Voar... Liberdade...
Não há quem explique...
Não há quem não entenda.
Lídia Valéria
A ausência é forte, tem personalidade...
Revide com sua presença plena na distância e na saudade.
Já falhei e recomecei.
Já tropecei e me levantei.
Saí de tudo isso com sabedoria.
Encarei provas sem querer encará-las,
mas venci...
Avancei e cheguei.
Transformei minha rotina em experiência,
com tudo que havia latente em mim.
Meu cérebro funcionou com objetivo de sucesso...
e consegui...
Minhas mãos trabalharam
e minha sensibilidade irradiou um milagre divino!
Sou feliz com minha filha, Meu Sol,
e meu filho, Meu Porto Seguro...
Duas fontes de segurança e luz em minha vida...
Com eles e por eles
não vi limites para chegar à felicidade...
e cheguei.
Lídia Valéria
- Lídia ValériaLídia Va
Revide com sua presença plena na distância e na saudade.
REVIRAVOLTA... um pouco mais de mim
Quem chegou à sabedoria certamente começou e fracassou muitas vezes!
Agarrei-me à coragem inerente às mulheres de garra, que não fogem à luta,
e, quando parecia que nada ia acontecer, meu mundo, minha vida se transformou.
Investi no momento precioso que surgia e aprendi que sempre é possível
enxergar e encontrar luz no final do túnel... ir além...
Eu queria ser feliz, o que me fez correr atrás do arco-íris...
Meu coração decidido, pronto para seguir adiante...
Vanglorio-me de tantas vitórias!
Diante de tantas reviravoltas, estou aqui... para dizer:
"Meu histórico de vida é o meu orgulho".
Agarrei-me à coragem inerente às mulheres de garra, que não fogem à luta,
e, quando parecia que nada ia acontecer, meu mundo, minha vida se transformou.
Investi no momento precioso que surgia e aprendi que sempre é possível
enxergar e encontrar luz no final do túnel... ir além...
Eu queria ser feliz, o que me fez correr atrás do arco-íris...
Meu coração decidido, pronto para seguir adiante...
Vanglorio-me de tantas vitórias!
Diante de tantas reviravoltas, estou aqui... para dizer:
"Meu histórico de vida é o meu orgulho".
Já falhei e recomecei.
Já tropecei e me levantei.
Saí de tudo isso com sabedoria.
Encarei provas sem querer encará-las,
mas venci...
Avancei e cheguei.
Transformei minha rotina em experiência,
com tudo que havia latente em mim.
Meu cérebro funcionou com objetivo de sucesso...
e consegui...
Minhas mãos trabalharam
e minha sensibilidade irradiou um milagre divino!
Sou feliz com minha filha, Meu Sol,
e meu filho, Meu Porto Seguro...
Duas fontes de segurança e luz em minha vida...
Com eles e por eles
não vi limites para chegar à felicidade...
e cheguei.
Lídia Valéria
Saber recomeçar a vida é tão importante como saber viver.
Sempre uma porta se abre deixando entrar nossos sonhos...
Liberdade
Um pouco mais de mim...
Acredito que para nós é difícil descobrir e recuperar a nossa natureza latente;
difícil manter a mente pura nesse constante surgir e desaparecer do desejo de ser livre...
sem cobiça, inveja, mágoa, ódio, paixões, possibilitando-nos superar essas dificuldades para concretizarmos nosso desejo de liberdade, sempre respeitando 'limites'.
Arco-íris...
Voar... Liberdade...
Não há quem explique...
Não há quem não entenda.
Lídia Valéria
"Mais importante do que ter para onde ir
é ter para onde voltar."
Lídia Valéria
é ter para onde voltar."
Lídia Valéria
léria
Mentira
Não apresse sua mentira; terá tempo para refletir e fazer aparecer sua verdade, saciando seu arrependimento por ter mentido... Terá seu tempo de paz quando a mentira passar.
Não apresse seu irmão, seu amigo, ou parente, que lhe parece ausente, mas está presente e tem tempo para, com amor, ver você florescer aos olhos do Criador...
Você talvez se sinta apressado e acelere sua própria mente para sentir-se alegre com sua mentira, perdendo, assim, o tempo de que precisa para 'sentir' a paz do seu silêncio quando a verdade aflorar e sentir sua própria evolução.
Você talvez se sinta apressado e acelere sua própria mente para sentir-se alegre com sua mentira, perdendo, assim, o tempo de que precisa para 'sentir' a paz do seu silêncio quando a verdade aflorar e sentir sua própria evolução.
Nao apresse sua raiva, cobiça, pois ela tem tempo de se abrir nas águas mansas de sua consciência...
Apresse, sim, sua verdade, semeando-a em solos mais áridos de seu coração...
Apresse, sim, sua verdade, semeando-a em solos mais áridos de seu coração...
A mente, o tempo, a razão, o coração,
perdidos em energias de mentiras sem propósitos,
deixam a vida sem seu lado positivo,
perdendo o lenitivo da oração.
Tesouros significativos como a verdade
são altamente compensadores...
A mentira e seus males consecutivos
nos trazem apenas dissabores...
A mentira não posiciona ninguém.
Não nos traz a paz e nos faz "gatunos"...
É felina quando atinge alguém,
que não segue à frente, perde o prumo.
Pesa com o tempo, nos tornando "sáfaros"...
nossos sentimentos dia-a-dia em labirinto.
Leva-nos a ressentimentos e sofrimentos
a cada vez que sabemos que mentimos.
Mentira desperdiça os momentos preciosos.
Traz negativismo e contrariedades,
ao trocarmos o bem-estar de nossa mente
por pensamentos vis, pérfidos e ociosos.
Se não tivermos controle para mudar,
não percamos energia por isso.
Basta um momento para refletir e orar,
e Deus nos ajudará à falência desse vício.
Nossos pensamentos, nossas ações
têm um poder imenso e grandioso.
Coloquemos o coração a nosso favor,
e teremos um propósito positivo e valioso.
A mentira nos leva para baixo.
Vale investir na energia do bem.
Saber ser amigo, usar de lealdade,
para sempre, sem olhar a quem.
Lídia Valéria
O amor só é verdadeiro quando a verdade,
tão necessária, não está escoltada por mentiras.
Lídi
Neste poema, mais um pouco de mim...
Fui Mulher...
Amada! Divina, majestosa...
Fui amada... De forma errada, mas amada...
Hoje Mulher madura...
Com boa estrutura, não amo como amei.
Tenho no alicerce amor sofrido, que, embora vivido
com planos especiais, não se edificou jamais.
Fui Mulher de planos, fé na vida, no amor,
sonhos e alegrias por amar demais...
Tudo isso deu a mim, Mulher, um valor
especial à minha existência.
Hoje, sou Mulher que não chora,
enriqueci-me, valorizei-me...
Apenas me apaixono... não amo mais...
A dor do amor travestiu-me
de MULHER SEGURA!
Madura! Segura!
Hoje sou apenas:
Mulher-anjo-mãe-senhora...
Nenhuma dor agora me devora.
Sou uma Mulher feliz.
Acredite se quiser! Sou Mulher!
Sei fingir, mentir... escapulir...
Por isso sou feliz...
Encabulei você?
Coisas de mulher...
Lídia Valéria
Precisamos estar com o coração firme
e buscar propósitos para nos transformarmos.Jamais se desespere em meio às sombrias aflições de sua vida,
pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda.
São predicados que não conquistamos.
Nascemos com eles.
A nossa conquista foi fazer o mundo
nos reconhecer, aceitar, respeitar!
Uma homenagem merecida!
Nós, mulheres...
Divinas e maravilhosas!
Parabéns, mulheres!
Meu carinho, meu respeito
e o meu gosto de ser Mulher!
Lídia Valéria Peres
Tímida, caçulinha peralta, ovelha negra — no bom sentido — em travessuras.
Minha teoria é de que o último filho não é o mais cortejado, mas sim o mais indesejado.
Em devaneio, vôo acima das nuvens de minha imaginação e consigo enxergar-me num passado distante. Tão lindo é vagar nessas lembranças e enxergar a felicidade lá de cima... Tantas lembranças! Dispenso algumas, mas não hesito, insisto!
Emociono-me ao lembrar quando olhei pela primeira vez de forma curiosa para meu corpo, que surgia de forma diferente diante do espelho: espremidinha na imagem de mulher sem graça, meio curva, sem forma, tendo tudo a completar. Percebia que meu jeito de curvar-me era para esconder algo, que para mim era, no momento, um tormento. Percebia que sob minhas roupas simples de menina despontavam pontos antes não existentes. Que vergonha! Estava entrando na puberdade, e nem sabia... Prestava mais atenção em mim, o que não fazia antes. Descobria defeitos, mas também conseguia valorizar partes.
Pela educação que recebia, jamais poderia pensar em dar realce às minhas formas que começavam a escapulir do meu jeito sem graça de criança. Pensava pela primeira vez em ficar mais ereta, mais feminilidade no andar, escovar mais os cabelos, ousar passar batom em tom mais forte, mais evidente, até um perfume mais 'glamuroso'. Ousadia da minha inocente puberdade, mesmo assim, não usei outro, senão o Flor de Maçã, tão suave, tão doce! Sapeca, levada da breca, nem combinaria colorido em minha face e lábios. Seria motivo para um castigo, já que a disciplina em casa era quase militar.
Atrevi-me a abrir a gaveta de minha irmã mais velha e, sorrateiramente, experimentar um sutiã. Tranquei-me em meu quarto (que não era só meu) e o experimentei. Tive dificuldade ao ajustá-lo... alças e colchetes. Era tão lindo! Puro cetim cor-de-rosa!
Vendo meu corpo em realce, mesmo com as alças desajustadas, pude notar diferença. Tentei, tentei um ajuste mas não sabia. Era a primeira vez que estava entrando no mundo tão reservado das mulheres, e eu era apenas uma criança. Mesmo assim, gostava do que aparecia no espelho e me sentia pela primeira vez uma mocinha. Prendi meus cabelos deixando partes caídas levemente em meu rosto e ombros... Estava linda e eu me admirava pensando que era hora de criar uma nova forma de me vestir, pentear, uma leve maquiagem, um novo andar, e, quem sabe, receber alguns elogios dos meninos da escola.
Em devaneio, esqueci-me do tempo. Batidas à porta fizeram-me 'acordar'. Abri a porta e minha irmã entrou. Não deu tempo de tirar o sutiã! Era hora de ir para o colégio e eu não sabia o que fazer. Peguei meu material e, muito assustada, saí com aquela sensação de desconforto, pensando que todos iam notar. Ao passar pelo espelho que havia na sala, notei que as pontas (parte mais importante) do sutiã estavam fofas, sem o ajuste certo, e marcavam de forma errada meus primeiros sinais de seios. Voltei rápido até o banheiro, peguei algodão e preenchi a parte que 'faltava', ficando mais volumoso. Isso me agradou.
Andei como se flutuasse pelas ruas até chegar ao colégio. Foi tudo tão corrido, mas estava feliz e sentia-me atraente.
Ao chegar ao pátio, já andava de forma diferente, confiante na figura que projetava. O mundo parecia só meu...
Encontrei uma amiga. Ela, notando a diferença, fez um 'curto' elogio, mas, em seguida, para meu espanto e para finalizar minha 'performance', disse-me, olhando pelo decote meio evidenciado da blusa do uniforme, com sorriso irônico:
— De algodão, hein?
Meu primeiro sutiã... Que vexame!
Não deixei mais de usar.
perdidos em energias de mentiras sem propósitos,
deixam a vida sem seu lado positivo,
perdendo o lenitivo da oração.
Tesouros significativos como a verdade
são altamente compensadores...
A mentira e seus males consecutivos
nos trazem apenas dissabores...
A mentira não posiciona ninguém.
Não nos traz a paz e nos faz "gatunos"...
É felina quando atinge alguém,
que não segue à frente, perde o prumo.
Pesa com o tempo, nos tornando "sáfaros"...
nossos sentimentos dia-a-dia em labirinto.
Leva-nos a ressentimentos e sofrimentos
a cada vez que sabemos que mentimos.
Mentira desperdiça os momentos preciosos.
Traz negativismo e contrariedades,
ao trocarmos o bem-estar de nossa mente
por pensamentos vis, pérfidos e ociosos.
Se não tivermos controle para mudar,
não percamos energia por isso.
Basta um momento para refletir e orar,
e Deus nos ajudará à falência desse vício.
Nossos pensamentos, nossas ações
têm um poder imenso e grandioso.
Coloquemos o coração a nosso favor,
e teremos um propósito positivo e valioso.
A mentira nos leva para baixo.
Vale investir na energia do bem.
Saber ser amigo, usar de lealdade,
para sempre, sem olhar a quem.
Lídia Valéria
O amor só é verdadeiro quando a verdade,
tão necessária, não está escoltada por mentiras.
Lídi
Sonhado príncipe
Um dia eu sonhei, sim, que ele viria todo de branco,
em um cavalo também branco... num dia de sol...Ele chegou... logo veio a chuva... e, depois de algum tempo,
seu cavalo e sua roupa desbotaram... e ficaram escuros...Não o reconheci mais...
em um cavalo também branco... num dia de sol...Ele chegou... logo veio a chuva... e, depois de algum tempo,
seu cavalo e sua roupa desbotaram... e ficaram escuros...Não o reconheci mais...
Ah!... Esses tão sonhados príncipes!
São tão marcantes, porém farsantes.
Recuso-me a esperar por eles novamente...
Ficam apenas na minha mente.
Mente que ama desde menina,
e não teve com quem esse amor desperdiçar.
Que triste sina!
Desperdiçar é um termo muito forte...
Mas quem sabe, do céu, os anjos me dêem sorte,
e apareça um príncipe mais uma vez...
Por ele, esperando, quero estar adormecida,
e talvez aquele beijo para acordar eu ganhe
para pensar em "felizes para sempre" outra vez...
Não quero ter como rival uma Cinderela,
nem Branca de Neve... ninguém!
Quero ter um príncipe só meu...
Que me torne sua princesa,
me enleve... me leve embora...
para ficarmos juntos até no além!...
Lídia Valéria
São tão marcantes, porém farsantes.
Recuso-me a esperar por eles novamente...
Ficam apenas na minha mente.
Mente que ama desde menina,
e não teve com quem esse amor desperdiçar.
Que triste sina!
Desperdiçar é um termo muito forte...
Mas quem sabe, do céu, os anjos me dêem sorte,
e apareça um príncipe mais uma vez...
Por ele, esperando, quero estar adormecida,
e talvez aquele beijo para acordar eu ganhe
para pensar em "felizes para sempre" outra vez...
Não quero ter como rival uma Cinderela,
nem Branca de Neve... ninguém!
Quero ter um príncipe só meu...
Que me torne sua princesa,
me enleve... me leve embora...
para ficarmos juntos até no além!...
Lídia Valéria
Esperar, sim, mas sem a tolice de acreditar
e alimentar o privilégio do lucro da eternidade...
Melhor viajar sozinho que em companhia
de alguém que possa ferir sua mente.
Lídia Valéria
e alimentar o privilégio do lucro da eternidade...
Melhor viajar sozinho que em companhia
de alguém que possa ferir sua mente.
Lídia Valéria
a Valéria
Eternamente jovem
Eternamente Jovem
Sinto-me feliz mesmo quando choro...
Quando o Sol demora, tenho esperança...
Mesmo frustrada, sorrio...
Diante do fracasso, ainda sonho...
Ainda querendo mais, agradeço o que tenho.
Encontro júbilo e me regozijo no anonimato.
Não preciso de aplausos para encontrar alegria.
Quero o céu, mas também a tempestade...
Nas batalhas perdidas, enfrento o medo.
Sorrio, mas sei chorar... e choro.
Gerencio minhas emoções nos meus fracassos.
Diante da incompreensão, com esforço me calo.
Quando me magoam, procuro o meu lado especial.
Me apunhalam pelas costas... procuro ajuda:
abro sempre as janelas da memória
e liberto minha inteligência.
Dou asas à imaginação... devaneio...
e escrevo poemas...
Sei reconhecer que vale a pena viver,
por isso viajo sempre para dentro do meu próprio ser...
e me renovo...
Agradeço pelo milagre da vida.
Peço sempre a Deus um coração agradecido...
Mesmo que um dia a pele que me envolve
tenha aparência de papel,
serei apaixonada pela vida.
Assim, não poluo o ouro latente em mim.
Isso é ser feliz, por isso serei
"eternamente jovem"...
Lídia Valéria
Sinto-me feliz mesmo quando choro...
Quando o Sol demora, tenho esperança...
Mesmo frustrada, sorrio...
Diante do fracasso, ainda sonho...
Ainda querendo mais, agradeço o que tenho.
Encontro júbilo e me regozijo no anonimato.
Não preciso de aplausos para encontrar alegria.
Quero o céu, mas também a tempestade...
Nas batalhas perdidas, enfrento o medo.
Sorrio, mas sei chorar... e choro.
Gerencio minhas emoções nos meus fracassos.
Diante da incompreensão, com esforço me calo.
Quando me magoam, procuro o meu lado especial.
Me apunhalam pelas costas... procuro ajuda:
abro sempre as janelas da memória
e liberto minha inteligência.
Dou asas à imaginação... devaneio...
e escrevo poemas...
Sei reconhecer que vale a pena viver,
por isso viajo sempre para dentro do meu próprio ser...
e me renovo...
Agradeço pelo milagre da vida.
Peço sempre a Deus um coração agradecido...
Mesmo que um dia a pele que me envolve
tenha aparência de papel,
serei apaixonada pela vida.
Assim, não poluo o ouro latente em mim.
Isso é ser feliz, por isso serei
"eternamente jovem"...
Lídia Valéria
No mundo estressante em que vivemos,
resta-nos navegar nas águas da emoção se
quisermos ter qualidade de vida.
Então... deixe de lado o "de hoje em diante"
e o "daqui para a frente"...
Comece 'hoje' antes que evapore seu tempo.
Lídia Va
resta-nos navegar nas águas da emoção se
quisermos ter qualidade de vida.
Então... deixe de lado o "de hoje em diante"
e o "daqui para a frente"...
Comece 'hoje' antes que evapore seu tempo.
Lídia Va
Mulher Segura...
Neste poema, mais um pouco de mim...
Fui Mulher...
Amada! Divina, majestosa...
Fui amada... De forma errada, mas amada...
Hoje Mulher madura...
Com boa estrutura, não amo como amei.
Tenho no alicerce amor sofrido, que, embora vivido
com planos especiais, não se edificou jamais.
Fui Mulher de planos, fé na vida, no amor,
sonhos e alegrias por amar demais...
Tudo isso deu a mim, Mulher, um valor
especial à minha existência.
Hoje, sou Mulher que não chora,
enriqueci-me, valorizei-me...
Apenas me apaixono... não amo mais...
A dor do amor travestiu-me
de MULHER SEGURA!
Madura! Segura!
Hoje sou apenas:
Mulher-anjo-mãe-senhora...
Nenhuma dor agora me devora.
Sou uma Mulher feliz.
Acredite se quiser! Sou Mulher!
Sei fingir, mentir... escapulir...
Por isso sou feliz...
Encabulei você?
Coisas de mulher...
Lídia Valéria
Precisamos estar com o coração firme
e buscar propósitos para nos transformarmos.Jamais se desespere em meio às sombrias aflições de sua vida,
pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda.
MULHER
Encanto! Sensibilidade!
Intuição! Inteligência! Força!
Dedicação! Coragem! Sentimento...
Intuição! Inteligência! Força!
Dedicação! Coragem! Sentimento...
Nascemos com eles.
A nossa conquista foi fazer o mundo
nos reconhecer, aceitar, respeitar!
"Dia Internacional da Mulher!"
Nós, mulheres...
Meu carinho, meu respeito
e o meu gosto de ser Mulher!
Lídia Valéria Peres
8 de março,
Dia Internacional da Mulher
Dia Internacional da Mulher
Mulher
Por Deus esculturada, em seu ventre,
Por Deus esculturada, em seu ventre,
por ordem divina, obra-prima,
em seu âmago pode seguir a vida...
um menino... ou menina...
para depois ser por ela estruturada.
Consegue sorrir mesmo que esteja triste,
pois não sabe quem se apaixonará pelo seu sorriso.
Questiona seu modo de vida e promove mudanças.
De suas vocações mais íntimas e de sua vida pessoal
não se distancia, para o regozijo de sua existência.
Persegue diuturnamente seu estilo fascinante...
Surgiu como espécie de excitação artística, e,
de excelente, transforma-se em destaque de
"status" literário por ser, na sociedade, operante.
Sabe às vezes profetizar para a todos intrigar
e ser entreolhada e apreciada com interrogação.
Documental de primeira qualidade, em qualquer lugar:
ação e desfecho são sua explosiva combinação.
Mulher, muitas vezes, auto-ajuda, onde sabe
questionar a própria vida, e inspira confiança.
Ciumenta no amor e em seus projetos, é colorida,
pensando ser muitas vezes um arco-íris, rainha,
porém, acredita que o seu reino é deste mundo.
Despetala-se com um beijo, ou uma taça de vinho...
e, sempre à procura da fiel eternidade do amor... devaneia.
No abraço que lhe oferece amor faz seu forte, seu ninho,
na vida, é melodia, é verso, um poema sem fim.
Para fermentar sua docilidade, sensibilidade e fortaleza,
com carinho sabe folhear uma revista, ou lê poemas...
Busca no vento o cheiro do tempo de criança, adolescência,
cuida do rumo do vento, e quando o alcança, sorri,
e num entrelace, estimula seu acalanto.
Faz de si um espelho, e às vezes abre mão de sua face
dita angelical para refletir imagens da vida,
com fina ironia, às vezes com amargo sarcasmo.
Mesmo amando é agressiva intencional, sem o fazer por mal.
Há momentos em que perde o fôlego num êxtase de felicidade.
Procura conservar-se doce menina e sua alma se ilumina,
porque a magia da vida faz com que tenha força para aceitar "o novo",
recebendo de braços abertos o que vier no seu dia-a-dia.
Acredita na sorte sobre a melhor escolha... escuta o seu coração
para ser múltipla e generosa, forte e independente,
de doçura ampla e poderosa,
sabe ser "prosa" doce e competente,
mulher ou menina, PLURAL E FEMININA,
mulher que combina com a natureza e com as rosas.
Lídia Valéria Peres
Lídia Valéria Peres
Acredite... sonhe...
Acredite nos sonhos. Acredite no seu querer.
Vá ao encontro de seus ideais.
Não deixe de manifestar suas idéias,
pois sempre haverá alguém para acolhê-las.
Quem sabe você, sentindo pela primeira vez
que pode fazer alguém feliz,
deixe seu coração mais aberto para novas emoções.
Não abra mão de nada!
Lute pelo que sonha!
Se só dos outros esperar flores,
nunca poderá oferecê-las a ninguém.
O que lhe restará?
Aconchegue-se em seus entes queridos...
Surpreenda-se aceitando diferenças.
Elas existem e parece difícil aceitá-las, mas elas o farão
crescer!
Acredite que a vida é feita de momentos de felicidade.
A tristeza não é infinda,
nem a felicidade é eterna...
Viva o seu momento. Não olhe para trás.
Acredite que, mesmo complicada,
será a vida da qual você gostará, porque
será uma descoberta!
Descobrir, viver e contribuir...
Isso será vida, amor, que depois se entrelaçará com doação...
Você tem o que doar!
Busque nos seus sentimentos e rompa as barreiras!
Não deixe de tentar.
Acredite. Eu deixei de ouvir quando me alertaram.
Sofri muito, mas depois...
a um flash back recorri...
Ouvi e consegui!
Mosteiro dos Jerónimos, em Portugal
Em frente ao Mosteiro dos Jerónimos.
Na entrada da igreja que existe lá dentro, um cartaz avisava para que houvesse silêncio. Esperava ouvir ''o som do silêncio''... Prostrei-me diante do altar.
Agradeci, sem fazer oração, pois é o meu jeito de rezar — apenas converso.
Tentei concentrar-me naquele lugar de paz, onde tudo é bonito, mas eu sempre erainterrompida por pessoas que passavam, tirando fotos, diante da beleza magnífica da igreja. Meus olhos não brilhavam pelo brilho que o lugar ostenta, pelo contraste da prata, do ouro, que ilumina o concreto, nem pelos vitrais deslumbrantes com imagens que representam o clero. Flores, imagens, peças ornamentais... Prendi-me olhando de frente para o altar. Para onde? Para o quê?
Fixei no "nada", apenas agradecendo por tudo o que tenho, pelo privilégio de estar ali, pelo que consegui nesses quinze dias vendo a beleza e a paz de Portugal. Em minha prostração, percebi, depois de algum tempo, pinturas esplendorosas, que, para mim, palavras para defini-las são indizíveis. Olhei com ternura, respeito, e mais uma vez agradeci.
As pessoas passavam sem parar, tornando difícil a concentração, porque falavam, mais alto que deviam, esquecendo-se do aviso da entrada. A animação era geral, em contraste com o que o ambiente pedia. Eu continuava sentada no primeiro banco. Percebi que já não estavaperscrutando a igreja, mas sim as pessoas, chamando minha atenção, que, de tanto entusiasmo, não se continham. Queria me concentrar mais para me envolver com a energia daquele lugar... Contudo, meus pensamentos eram perturbados por palavras soltas no ar de admiração, passos apressados, flashes, elogios em tons inadequados para, como dizem, a casa de Deus. Sem querer, estava eu interrompendo minha concentração para, em pensamentos, criticar as pessoas que não paravam para uma pequena oração. Estavam ali para filmar, estupefatas. Mesmo não querendo, a curiosidade pela ostentação das pessoas fazia-me criticar mentalmente. Estava eu em pé de igualdade com eles, porém, de outra maneira.
Concentrei-me novamente na paz e serenidade do lugar e procurei beber a energia que ali sondava. Senti-me feliz por estar absorvendo mais a serenidade da igreja, que a beleza. Meus motivos eram outros para estar ali. Seria soberba de minha parte? Não sou de freqüentar templos; não sou católica, mas creio em Deus como Inteligência Suprema e Criador do Universo. Sou eclética em termos de religião e sou feliz por isso.
Saindo dali mais leve, mais calma, sentindo-me energizada, pude notar que, chegando em passos firmes, vinha meu filho, que, entre admiração e flashes, rodopiava a igreja tirando fotos, como todos.Quem me olhasse, notaria em minha face um leve e tímido sorriso irônico.
MEU primeiro sutiã
Tímida, caçulinha peralta, ovelha negra — no bom sentido — em travessuras.
Minha teoria é de que o último filho não é o mais cortejado, mas sim o mais indesejado.
Em devaneio, vôo acima das nuvens de minha imaginação e consigo enxergar-me num passado distante. Tão lindo é vagar nessas lembranças e enxergar a felicidade lá de cima... Tantas lembranças! Dispenso algumas, mas não hesito, insisto!
Emociono-me ao lembrar quando olhei pela primeira vez de forma curiosa para meu corpo, que surgia de forma diferente diante do espelho: espremidinha na imagem de mulher sem graça, meio curva, sem forma, tendo tudo a completar. Percebia que meu jeito de curvar-me era para esconder algo, que para mim era, no momento, um tormento. Percebia que sob minhas roupas simples de menina despontavam pontos antes não existentes. Que vergonha! Estava entrando na puberdade, e nem sabia... Prestava mais atenção em mim, o que não fazia antes. Descobria defeitos, mas também conseguia valorizar partes.
Pela educação que recebia, jamais poderia pensar em dar realce às minhas formas que começavam a escapulir do meu jeito sem graça de criança. Pensava pela primeira vez em ficar mais ereta, mais feminilidade no andar, escovar mais os cabelos, ousar passar batom em tom mais forte, mais evidente, até um perfume mais 'glamuroso'. Ousadia da minha inocente puberdade, mesmo assim, não usei outro, senão o Flor de Maçã, tão suave, tão doce! Sapeca, levada da breca, nem combinaria colorido em minha face e lábios. Seria motivo para um castigo, já que a disciplina em casa era quase militar.
Atrevi-me a abrir a gaveta de minha irmã mais velha e, sorrateiramente, experimentar um sutiã. Tranquei-me em meu quarto (que não era só meu) e o experimentei. Tive dificuldade ao ajustá-lo... alças e colchetes. Era tão lindo! Puro cetim cor-de-rosa!
Vendo meu corpo em realce, mesmo com as alças desajustadas, pude notar diferença. Tentei, tentei um ajuste mas não sabia. Era a primeira vez que estava entrando no mundo tão reservado das mulheres, e eu era apenas uma criança. Mesmo assim, gostava do que aparecia no espelho e me sentia pela primeira vez uma mocinha. Prendi meus cabelos deixando partes caídas levemente em meu rosto e ombros... Estava linda e eu me admirava pensando que era hora de criar uma nova forma de me vestir, pentear, uma leve maquiagem, um novo andar, e, quem sabe, receber alguns elogios dos meninos da escola.
Em devaneio, esqueci-me do tempo. Batidas à porta fizeram-me 'acordar'. Abri a porta e minha irmã entrou. Não deu tempo de tirar o sutiã! Era hora de ir para o colégio e eu não sabia o que fazer. Peguei meu material e, muito assustada, saí com aquela sensação de desconforto, pensando que todos iam notar. Ao passar pelo espelho que havia na sala, notei que as pontas (parte mais importante) do sutiã estavam fofas, sem o ajuste certo, e marcavam de forma errada meus primeiros sinais de seios. Voltei rápido até o banheiro, peguei algodão e preenchi a parte que 'faltava', ficando mais volumoso. Isso me agradou.
Andei como se flutuasse pelas ruas até chegar ao colégio. Foi tudo tão corrido, mas estava feliz e sentia-me atraente.
Ao chegar ao pátio, já andava de forma diferente, confiante na figura que projetava. O mundo parecia só meu...
Encontrei uma amiga. Ela, notando a diferença, fez um 'curto' elogio, mas, em seguida, para meu espanto e para finalizar minha 'performance', disse-me, olhando pelo decote meio evidenciado da blusa do uniforme, com sorriso irônico:
— De algodão, hein?
Meu primeiro sutiã... Que vexame!
Não deixei mais de usar.
léria
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