quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

VIOLÊNCIA, STOP!


VIOLÊNCIA, STOP!



Vou descendo com o sol ansiando a paz do fim do dia.
Uma espécie de embriaguez entorpece o raciocínio na fuga vertiginosa da tarde
com os seus olhos  mornos que se vão pintando no crepúsculo.
Tudo se encerra com a vinda da noite: Lar-Colmeia- Paz!
Não é luz, não é sol nem é a vida que enche o templo de algumas abelhas
carregando colmeias de mel.
Não!
São colmeias vazias ou cheias de favos de amargo e falso mel...
E a minha alma vagueia, inquieta, na leitura destes sorrisos azedos, sufocando
os olhos de mel no vazio do pólen que antes se diluiu nos vapores do vento.
E ela sorri, veste a mesa de suor, despe a cama de lágrimas...
Já não é ela...
...É uma coisa de gente, gente que não é coisa, gente que já foi gente...
Hoje é ferida que ninguém vê e em breve uma escara ferrada no corpo
que já não dói porque nem sente.
Já não vive...
...É uma anta ambulatória com sorrisos amargos...
O doce sorriso esconde-se na chaga que esconde na culpa dessa maldição
que se esconde e aninha na colmeia podre com mel suicida. Mas o sorriso
vai rolando pela face, misturando-se com as lágrimas no compasso desta morte lenta.
...E já não é coisa nem é gente.
Já nem sente!
É fantasma de mulher- moribunda na flor desflorida do seu martírio.
...e o sorriso azedo rasgou-lhe as pétalas, sugou-lhe o perfume para verter
o ácido neste mel sádico!
Na pele macia e quente
de mulher que já não é gente!
E...
Nesta raiva com que fico
Neste amor que te dedico
A ti, mulher, este meu grito!

Manuela Barroso


 "A agressão é o último refúgio do incompetente."
"
Mais cedo ou mais tarde, todas as máscaras caem. Seria bom que alguns hipócritas soubessem disso.!Anderson Fabiano                                                     BY                                                                Helena Chiarello

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