quarta-feira, 15 de junho de 2011

"Na vida da gente, logo que nascemos, já ganhamos uma família. Não escolhemos. Somos empurrados de um útero quentinho para um mundo de pessoas estranhas onde algumas são sua família. É isso, sem escolha.E quem não é seu sangue? Não passa pelas veias, não circula por artérias, como vai chegar no coração? Não sei, mas chega. E fica. E ninguém empurrou pra você. Ninguém disse que você tem que amá-lo. E não é que você ama? Também parece absurdo, mas, no fundo, é bem mais aceitável. Bem mais natural. De todas as pessoas que passam na vida da gente, escolhemos nos aproximar daquela com quem possuímos afinidades, interesses comuns. Quando damos sorte, essas pessoas também querem se aproximar de nós. E assim, formam-se os laços afetivos. Vocês já devem ter percebido, mas se não perceberam, é aí que entram os amigos. Ter essas pessoas no coração e saber que também temos um lugar nos corações delas é motivo de muito orgulho. Quem consegue ter apenas um amigo de verdade durante toda a vida pode ser considerada uma pessoa de sorte. Quem tem mais de um então, ganhou um tesouro.
Para ser feliz na vida, a gente precisa de uma família, no sentido mais amplo, formada pelos ancestrais e pelos laços afetivos. Nesses laços, eu faço uma subdivisão: um grande amor e amigos verdadeiros. O grande amor é aquela pessoa com quem a gente quer passar o resto das nossas vidas. Construir coisas juntos, superar obstáculos e viver cada minuto, cada segundo, sentindo que nossa existência seria inviável sem aquela pessoa. E os amigos verdadeiros são algo que consegue chegar perto disso. Não falo de amigos que precisem de aspas, daquelas feitas com os indicadores e dedos médios quando falamos. Falo daqueles para quem você é capaz de dar sua vida, mas tem certeza que nunca dará as malditas aspas. Com isso, temos tudo para ser feliz. E somos. E a “culpa” é dessas pessoas. Esta sim, com aspas."

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