quinta-feira, 30 de junho de 2011

Vida média classe normal


VIDA MÈDIA CLASSE NORMAL...

Muitas pessoas falam que os grandes escritores e compositores se inspiram em suas dores e tristezas. Dizem que muitos eram deprimidos e usavam da arte de escrever, cantar, compor como uma das maneiras de se esvaziar de seus anseios. Pois eu entendo isso! Nesse momento, estou enxugando minhas lágrimas nas palavras deste texto. Deposito o conteúdo do meu vazo trincado nestas palavras e assim, me esvazio de uma dor que aperta meu peito, me sufoca e a medida que vou escrevendo, me pego sentindo uma alívio gradativo. E quando me pergunto: De onde vem essa angustia? Seguramente respondo que “não sei”!
Se começar a investigar um fato, uma situação que tenha me deixado assim, abatida, minha busca torna-se sem sucesso, improdutiva. Minha vida caminha de maneira normal, como muitas por aí. Inclusive como a maioria das pessoas que trabalham, trabalham, às vezes almoçam, trabalham e vão embora, aceleradas, lutando para encontrar um lugar no ônibus ou demorar menos que duas horas no trânsito. Minha vida caminha absolutamente normal, acordo cedo, aliás, bem mais cedo do que gostaria ou até mesmo, que meu corpo suportaria, peço forças a Deus para me ajudar a chegar bem (talvez viva) ao meu destino. Destino esse, que como os filmes e novelas, a mocinha sofre, é maltratada e agredida até o final. Só que infelizmente, meu ponto final não é feliz como na novela, pois ainda tenho que correr, brigar e me esforçar muito para pegar o próximo ônibus (que mais parece o último ônibus no apocalipse) e assim chegar ao trabalho.
Assim, meu dia permanece normal, até a hora de ir embora. Volta a preocupação, uma preocupação normal, igual da maioria das pessoas, pois vejo elas, todas correndo pela grande avenida, mais rápidas do que os carros (pois estão parados na fila do trânsito) correndo e se esbarrando, disputando quem chega primeiro no ponto para pegar o primeiro ônibus que passar, que não é o último, mais carrega 3 vezes mais cabeças do que poderia suportar. E assim, quando finalmente chego em casa após duas horas e meia, estou exausta, porém ainda sim não deixo de me preocupar pois o dia seguinte será igual ou no mínimo pior, pois se cair alguma chuva, toda essa rotina “normal” dobra. Ufa...
Ah! Porque mesmo estou chorando? Ainda não sei...
Minha vida anda tão normal, talvez esteja sensível demais ou talvez esteja precisando fazer algumas “comprinhas”. 



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