segunda-feira, 4 de março de 2013


É por morrer de amores pelo som da chuva que escrevo essas linhas. Quero louvar essa maravilha da natureza que acalenta o morno mês de janeiro com suas pancadinhas tímidas no telhado, fazendo surgir o cheiro perfeito e único que emana do chão quando as gotas por ele são acolhidas.
A chuva é amiga dos amantes abandonados, daqueles que choram, dos que sentem a dor da partida, da melancolia, dos solitários. A chuva é amiga dos loucos, dos que não tem medo de se molhar, dos que querem apenas sentir o gosto de nada. A chuva é amiga dos poetas, dos desesperados, dos que lamentam em vão o perdido e olham pro céu em busca de consolo ou esperança.
Minha amiga também, uma admiradora secreta que fica de vez em quando imaginando as coisas que poderiam ter sido e não foram, que podem ser,mas não sei se serão. E como um elance silencioso de sua parte, ela cai e me faz dormir.Finalmente. 

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