Amor de Perdição
Rene Magritte
Nuvens de folhagens
copos de céu
em claras nuvens brancas
a paz transborda liquefeita
Pousa nas nuvens andorinhas
mensageiras de ternos verões
a vida se derrete
chove em sonhos.
No verde a esperança
que habita em nosso coração
Promessas de felicidade eterna
doces deleites do amor
A cama feita de aragens
lençóis de algodão translúcido
beijos de sol
clarividentes.
Perfumes de rosas silvestres
dos campos em flor
embelezam nosso encontro
transbordando em amor
Dentro da pétala da rosa
Descem círculos de escadas
Rumo coração, se tanto
Nosso amor revisitado.
No perfume inebriante do amor
que resvala de nossos poros
misturam-se odores de rosas
na mística sensual da paixão
Ianê Mello e Beto PalaioCarta Perdida
Uma carta um dia escrevi
e nela eu revelava meu eterno amor
Palavras tolas e infantis
pois eu era apenas uma criança
e nada sabia da vida, do mundo
A eternidade do amor
era por mim acreditada
como o sentimento mais lindo
que um ser humano possa ter
Eu acreditava na"cara metade"
naquele ser que um dia
havia sido de mim separado
e retornaria como luz para meus olhos
Bastaria que nos olhássemos
para que nos reconhecêssemos
E mais nada na vida importaria
A beleza se faria presente em nós
Onde se encontra essa carta?
Garanto não sabê-lo mais
Mas ela bem poderia ter sido engarrafada
e jogada ao mar como em filmes de amor
Mas não foi e ainda espero
ou não mais espero, essa alma gêmea
Esse amor eternizado pelo tempo
Esse amor de contos de fada.
Ianê Mello
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